jornalinternacional.com.br

A disputa pelo poder no congresso dos EUA

novembro 19, 2025 | by Igor

Redistriamento EUA

Mudanças nos mapas eleitorais da Câmara tradicionalmente são realizadas com base no Censo demográfico à cada 10 anos — Foto: Kristin Murphy/The Deseret News via AP, Arquivo.

Falta menos de 1 ano para as midterms — eleições de meio mandato americanas — e a segunda gestão de Donald Trump será colocada em cheque pelo eleitorado de uma das maiores democracias do planeta. Amparado por uma maioria em ambas as casas parlamentares até agora, o presidente americano pôs em prática muitas de suas promessas eleitorais em diversas áreas da economia do país. Mas as eleições em novembro de 2026 pode mudar substancialmente o rumo de seu governo.

De olho no modelo representativo dos Estados Unidos, em que os políticos federais são eleitos, notavelmente da “câmara baixa”, para reprentar seus respectivos distritos, legisladores tanto da base de Trump quanto da oposição buscam alterar os mapas que norteiam a representação política americana.

MIDTERMS

As eleições de meio mandato servem para além da renovação de mandato de todas as cadeiras da Câmara dos Deputados e pouco mais de 1/3 do Senado, elas são um referendo popular acerca das ações do presidente e os reflexos destas no cotidiano da população. Por serem realizadas na metade do chefe do executivo, elas geralmente representam um mudança para a política interna, com o partido opositor obtendo o controle de uma casa antes alinhada, pelo menos numericamente, à Casa Branca.

Em 2018, durante o primeiro mandato de Trump (2017-2020), os democratas tiveram um vitória avassaladora contra o partido republicano, sendo este dominado ainda por alas tradicionais que se opunham em algum nível as decições de Trump. Na Câmara a oposição teve um saldo positivo de 41 cadeiras, indo para 235 das 435 cadeiras. Já no Senado o resultado foi o contrário: os republicanos expandiram seu controle, que seria revertido somente nas eleições presidenciais de 2020.

REDISTRIAMENTO DOS MAPAS

Em uma recente tentativa de manter o controle em ambas as casas legislativas, o Partido Republicano iniciou uma ofensiva campanha para remodelar os mapas representativos de alguns estados vermelhos, ou seja, com tendência conservadora e alinhados ao perfil do presidente Trump.

No mês de agosto, os republicanos do estado do Texas aprovaram novos limites para os seus distritos, mesmo com o boicote de semanas realizados por políticos democratas que se recusavam a cumprir o quorúm necessário para a votação. O resultado foi a criação de 5 distritos mais favóraveis aos republicanos em detrimento dos imcubentes de oposição.

Na esteira de mudanças, Missouri, Carolina do Norte e Ohio, estados controlados também pelos republicanos, aprovaram medidas similares em favor da base trumpista no congresso federal. Em resposta, o estado azul da Califórnia marcou um referendo popular para 5 de novembro, quando os eleitores do estado decidiriam se um novo mapa seria feito em prol dos democratas.

REAÇÕES

Somando-se a outras vitórias da noite, a medida eleitoral da Califórnia foi aprovada por ampla margem, dando oportunidade para os democratas nivelarem as perdas sofridas pelos redistriamentes aprovados meses antes pelos republicanos. Após isso, o Partido Republicano da Flórida e posteriomente o Departamento de Justiça do Estados Unidos entraram com uma ação judicial para barrar essas mudanças.

Do lado oposto, o partido de Trump sofreu um forte revés através do sistema judiciário. Em18 de novembro, uma liminar de um tribunal do Texas revogou as mudanças feitas no mapa legislativos, retornando, dessa forma, com os mapa anterior. Enquanto isso, na Carolina do Norte uma audiência marcada para hoje podem devolver os limites anteriores as mudanças realizadas pelos republicanos.

RELATED POSTS

View all

view all