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Charlie Kirk e o aumento dos crimes políticos nos EUA

setembro 14, 2025 | by Igor

Charlie Kirk

Quarta-feira (10), Universidade Utah Valley. O ativista político Charlie Kirk é atingido por um projétil de arma durante um evento aberto ao público. Ele chega a ser levado a um hospital, mas não resiste aos ferimentos e morre horas depois aos 31 anos. Expoente do movimento conservador no país, Kirk era apontado por especialistas como um canal entre a juventude americana e as ideologias que ele defendia em suas publicações nas redes sociais. Os Estados Unidos vivenciam uma crescente onda de violência política na última década, e esse caso se transforma em munição para as pautas que cercam o entorno do presidente Donald Trump.

Charlie Kirk discursa para o público/ Créditos: Meredith Seaver/College Station Eagle via AP, File

Nascido em Chicago, Illinois, Charles James Kirk era um fiel apoiador das pautas negacionistas e preconceituosas alinhadas à administração Trump, como o ataque as vacinas da COVID-19, falas xenofóbicas contra imigrantes, além de insultos direcionados a comunidade LGBTQIAP+ em suas contas no Instagram e X (antigo Twitter). Na rede social Truth Social, logo após a morte ser confirmada , o presidente americano prestou solidariedade ao ativista: “Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente eu, e agora, ele não está conosco”.

Post de Donald Trump na rede social Truth / Fonte: internet

A postura de Trump, no entanto, contradiz as medidas adotadas pelo seu governo, desde a posse em janeiro deste ano, com uso deliberado da máquina pública contra grupos opositores e minorias sociais. Vencedor em meio a uma eleição polarizada e por pequena margem de votos, o presidente insiste na manutenção do discurso divisionista, cortando verba de áreas de assistência para famílias de baixa renda e extinguindo programas e agências internacionais de ajuda humanitária.

O atentado contra Charles Kirk não é um caso isolado nos EUA. O Banco de Dados e de Localização e Eventos de Conflitos Armados (Acled, na sigla em inglês), identificou nos últimos 12 meses, ao analisar publicações na mídia somadas as investigações das autoridades locais, pelo menos 31 casos relacionados à violência política em solo americano, resultando em um total de 36 mortes. Durante a campanha para as eleições presidenciais de 2024, o então candidato Trump foi alvo de um ataque de arma de fogo. Já no mês de junho de 2025, a deputada estadual democrata Melissa Hortman, de Minnesota, foi assassinada junto com seu marido, também político do estado, no que foi definido pelo governador Tim Walz como “um ato de violência política direcionada”.


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